NOSSOS PADROEIROS
BEATO
ZEFERINO GIMENEZ
Cigano, catequista, casado e mártir da fé católica.
O bem aventurado da Igreja Católica Zeferino Gimenez teve sua vida marcada pelo martírio durante a guerra civil espanhola na década de 30.
Ele foi beatificado pelo papa São João Paulo II no dia 04 de maio de 1997. Foi o primeiro cigano reconhecido mártir da fé, por isso ele é o padroeiro da Pastoral dos Nômades e do povo cigano.
O martírio de Zeferino ocorreu quando ele tinha 75 anos, morreu vítima da perseguição religiosa, fuzilado por defender um sacerdote e por se negar a se desfazer de seu rosário.
Foi enterrado em uma cova coletiva e seu corpo nunca foi encontrado.
BEATA
EMÍLIA FERNANDES
Cigana, mãe, catequista, casada e mártir da fé católica.
No Martírio eram 95 sacerdotes, 20 leigos e 2 mulheres, entre elas, uma mulher mártir de etnia cigana. Estas testemunhas da fé foram martirizadas entre julho de 1936 e janeiro de 1939.
Dom Adolfo González Montes, Bispo de Almería, diz: ‘‘Tinha 24 anos, era analfabeta, dedicava-se a fabricar e vender cestas de vime. A cidade de Tíjola, Almería (Espanha), era uma região republicana, onde a igreja foi fechada. Os militantes entraram no povoado à procura de homens para obrigá-los a se alistar na guerra e recrutaram o seu esposo, Juan Cortés. Tentaram evitar que fosse para guerra, mas foram descobertos e ambos foram enviados à prisão. Embora Emilia estivesse grávida, não tiveram compaixão dela. Davam-lhe a mesma quantidade de comida das outras prisioneiras, que era insuficiente. A jovem começou a fazer amizade com Dolores del Olmo. Depois de algum tempo, Emilia pediu para Dolores ensiná-la a rezar e fazer o sinal da cruz, aprendeu o Pai Nosso, a Ave Maria e o Glória, e nas ladainhas do rosário em latim repetia “Ora pro nobis”. A diretora da prisão, Pilar Salmerón, sabia que Emilia tinha começado a rezar e queria que ela delatasse a sua catequista. Prometeram-lhe a sua libertação em troca desta informação. Entretanto, Emilia não queria trair quem ensinou para ela a fé e foi castigada em uma cela de isolamento.
Ela deu à luz na prisão e a sua catequista batizou a pequena de Ángeles. Emilia morreu segurando o rosário, poucos dias depois, porque não foi atendida. A Igreja considera que foi uma mártir, porque foi castigada até a morte e podia ter sido libertada se negasse a sua fé e se traísse a pessoa que a ensinou a rezar. Ela foi enterrada em uma vala comum no cemitério de Almería.