Aquele que está sentado no trono os abrigará na sua tenda. Nunca mais terão fome nem sede. Nem os queimará o sol nem algum calor ardente.
Ap 7,15
Neste dia 24 de maio, o Brasil celebra o Dia Nacional dos Povos Ciganos, dia este instituído para recordarmos a contribuição cultural, religiosa e empreendedora que este povo tem com a história de nosso país.
São povos simples, na maioria das vezes excluídos da vida social e de todos os seus direitos. São pessoas que buscam, dia após dia, meios de sobrevivência num Brasil cada vez mais duro e seletivo. Nós, como Igreja Católica, nos propomos a refletir sobre os povos ciganos à luz do evangelho da vida, da graça do Senhor Jesus Cristo e do pontificado restaurador de Francisco. Somos convocados a discernir nossas ações para com esses povos e entender onde estamos realizando a “cultura do descarte”. Na missão da Pastoral dos Nômades do Brasil podemos relatar inúmeras situações onde este povo é utilizado como massa de manobra política, onde são recordados apenas para tal. Aqui podemos pontuar a falta de educação básica para as crianças, jovens e adultos; o analfabetismo, desenvolvimento de projetos para o primeiro emprego, o saneamento básico de suas comunidades, a dignidade de moradia, a ausência de políticas públicas que ajudem a este povo a crescer na sua capacidade de empreender, a ausência de cotas universitárias e de ensino técnico nas redes estaduais e federais e etc.
Que neste dia o povo brasileiro possa contemplar o povo cigano com um novo olhar. O olhar da misericórdia, o olhar de irmão. Olhar daquele que um dia nos levará para o seu rancho, a sua tenda universal, onde Deus será tudo em todos.
CÍCERO R. B. PEREIRA
Coordenador diocesano da PN na Diocese de Cajazeiras – PB
Conselheiro Fiscal da PN Brasil