No próximo dia 8 de abril, às 20h, será lançado o curta-metragem “O céu é o meu teto, a terra é minha pátria”, uma produção gravada na comunidade cigana de Sousa (PB) que dá voz à memória, identidade e resistência do povo cigano. O lançamento será feito no site www.ratycalon.com.br e aqui no site oficial da Pastoral dos Nômades do Brasil, como parte das celebrações do Dia Internacional do Povo Cigano.
A direção é assinada por Cícero Pereira, jovem cigano da cidade de Sousa e idealizador do Raty Calon — um sistema virtual dedicado à preservação, difusão e valorização da cultura cigana por meio de informações, acervos e notícias.
O curta traz relatos emocionantes do passado e do presente, abordando a relação entre o nomadismo e o sedentarismo, o sonho de pertencer a uma sociedade e, ao mesmo tempo, manter viva a tradição. A obra também resgata memórias de figuras marcantes da comunidade cigana sousense e destaca importantes referências políticas e culturais do povo Calon.
O filme teve apoio da Fundação Municipal de Cultura de Sousa, financiamento da Lei Paulo Gustavo, além de contribuições de acervos pessoais e da Pastoral dos Nômades do Brasil.
Mais que um registro audiovisual, “O céu é o meu teto, a terra é minha pátria” é um retrato sensível e necessário sobre pertencimento, ancestralidade e resistência cultural.
Sou o cigano Antônio Mariz,pertecente a etnia calon da cidade de Sousa-pb,sou testemunha da importância deste belissimo,e riquíssimo trabalho de Cicero para o povo cigano,pois também tive a honra de ter uma breve participação.Neste trabalho através da simplicidade e da profundidade de suas sábias observações,Cicero nos revela as emoções os dilemas de uma época que apesar de distante,ainda ressoa no coração deste povo,também é uma afirmação da continuidade da cultura cigana,da resitência diante dos desafios este trabalho trás uma narração que se configura como um grito de preservação de um legado que atravessa gerações e se expande além do tempo.Com sua habilidade de contar as histórias Cicero,faz com que os leitores e telespectadores se sintam parte desse universo,e ele,sendo um jovem,pelo vasto conhecimento da história do povo cigano,da-se a entender que também foi um nômade.O curta o céu é o meu teto a terra é minha pátria é,portanto,um convite a revisitar nossos próprios passados,uma reflexão sobre o que fomos,o que somos,e como chegamos até aqui.